segunda-feira, 12 de maio de 2008

quinta-feira, 1 de maio de 2008

quando 2007 virou apenas uma lembrança neblinada, sem foco e de traços frágeis que por algum motivo, não se apagam dentro de mim


arvore replantada do quintal da Vó Méca para perto do galinheiro que já deixou de existir faz tempo

colhendo amoras para a viagem (Lelê)

tire os sapatos e entre num mundo de magia

um navio pirata ancorado na árvore da praça, na vila São João

um moço palhaço que morava no quadro, era quase uma pintura em dia de chuva, que não deu tempo de secar e tudo perdeu o foco, a nitidez, virou um semi borrão cinza de alma colorida... um colorido sutil, fraco, que queria ser maior, mas não conseguia com aquela imensidão de cinzas

me fantasiei para entrar no quadro, descobri que minha versão palhaça na verdade era boneca de dar corda, com guizos tocando "se essa rua fosse minha" só para poucos ouvirem...


mas depois de um tempo tirei os guizos do vestido, que mandei pra ele, escondidos numa cortina de domingo... parei de ouvir os sinos ao pensar no moço palhaço, mesmo sabendo que os sinos estavam tocando... e teve o dia que saí do quadro, deixei pendurado na parede das recordações e fechei a porta do quarto ... mas uma fresta ficou aberta, me chamando pra voltar